Ao longo da minha vida profissional, foram vários as alunas dos cursos de estética e cabeleireiro que me ouviram falar do que seria viver um facto histórico disruptivo, provocado por um vírus que ultrapassa a barreira do mundo animal para os humanos e adquire a capacidade de se propagar pelo ar. Chamava a isso – Tempestade Perfeita. Eis que, em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a COVID-19 como uma pandemia (epidemia que atinge vários países ao mesmo tempo), estando reunidas as condições para que pudéssemos viver, na primeira pessoa, um dos mais terríveis períodos da história da humanidade, que, felizmente, foi mitigado pelo avanço tecnológico da ciência, que permitiu desenvolver vacinas num período record.
Mas, verdadeiramente, de que estamos a falar? Os que me conhecem, sabem que não é possível aprender sem conhecer o vocabulário primeiro…
COVID-19 é o nome atribuído à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2 (significa “síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2”), que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia. Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.
Agora, mais de dois anos desde a confirmação do primeiro caso, a sociedade humana recupera, aos poucos, de uma das piores crises sanitárias da história. Essa pandemia precipitou mudanças de comportamento social e alterações de mercado.
O que é o que conseguimos aprender com ela?
Talvez, a primeira das lições foi valorizar a ciência e as instituições de pesquisa e a saúde pública.
A segunda, e não menos importante, foi valorizar as relações humanas, o afeto e o cuidado com o próximo.
Também aprendemos a melhorar os nossos hábitos de higiene e a adaptarmo-nos a um novo formato de vida, onde a maior parte das nossas atividades foram feitas à distância.
Que dizer do futuro?
Muito provavelmente, a nossa sociedade conviverá com o novo vírus por anos, como ocorre com os vírus da gripe, e deveremos manter sempre a atenção para isso, já que o nosso sistema imunitário tem contato com o SARS-CoV-2 há pouco tempo, e isso ainda poderá gerar complicações futuras. As doses de reforço da vacina deverão ser consideradas e a periodicidade de aplicação será discutida, além disso, os hábitos de higiene precisarão ser mantidos pela população.
Que dizer, então, dos profissionais que trabalham na área dos “cuidados pessoais”, ou seja, cujo objeto de trabalho são outros seres humanos, como no caso da estética e do cabeleireiro?
Neste caso, determinados cuidados deixaram de ser recomendação e passaram a ser obrigatórios! Dizemos isto não porque a lei o exige, mas porque a responsabilidade civil e profissional o obriga. Mas, mais ainda, porque os profissionais destas áreas vão passar a lidar com clientes cada vez mais informados e preocupados com os aspetos de higiene e desinfeção. Sim, durante mais de dois anos, os vossos clientes, ouviram informação e viveram experiências, que lhes permitiram quase fazer um curso superior sobre o perigo e os cuidados perante o ataque de microrganismos microscópicos, como os vírus.
Neste contexto, julgo que antes de avaliarem as vossas competências profissionais, devem considerar a vossa atitude sobre a limpeza e desinfeção do vosso espaço de trabalho, farda, instrumentos e mãos.
Apesar de difícil, este pode ser um período de oportunidade para alavancar o vosso negócio! Se investirem em protocolos de procedimentos de higiene e os tornarem visíveis ao vosso público-alvo, poderão vir a ganhar e fidelizar clientes.
Mas, na prática, como posso fazer isso?
Numa próxima publicação, neste blog, vou poder dar a resposta. Fiquem atentos!
Por Nataniel Silva.
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