Henna – a arte na pele

Henna é o nome árabe pelo qual conhecemos a planta cujo nome científico é Lawsonia Inermis. Na verdade, mais do que a planta, conhecemos o corante, de cor castanho-avermelhado, que é retirado da casca e das folhas secas dessa planta.

A Henna é uma pequena árvore, ou arbusto, que atinge no máximo 6 metros de altura. É originária de zonas semi áridas, das regiões tropicais e sub tropicais da África, sul da Ásia e norte da Austrália. Os extractos desta planta têm sido usados desde há milénios, devido às suas propriedades corantes, adstringentes, anti-inflamatórias, anti bacterianas e anti fúngicas. As suas flores, por outro lado, são usadas em perfumes e óleos essenciais, nomeadamente na milenar medicina indiana, pois tem efeitos calmantes, promovendo a paz mental e a diminuição da fadiga, para além de que ajuda a baixar a temperatura do corpo. Os árabes, por exemplo, usavam a henna para refrescar mãos e pés.

A parte mais conhecida – o pó, pode ser usada como corante natural para tatuagens temporárias e para colorir os cabelos, tornando-os, simultaneamente, mais fortes e saudáveis – ajuda a reduzir caspa ou micoses do couro cabeludo, para além de dar resultados na erradicação de piolhos… Nos países do Médio Oriente e India, a henna é usada não só para pintar o cabelo, mas também a barba, couro, seda e lã.

As cascas e folhas secas da planta são trituradas até ficarem reduzidas a um pó muito fino que, ao ser misturado com água, forma uma pasta. Esta pasta pode então ser aplicada sobre a pele, onde deve permanecer algum tempo em repouso. A tatuagem pode durar entre alguns dias até um mês inteiro, dependendo do tipo de pele, da qualidade da pasta e do tempo de repouso que foi utilizado.

As primeiras evidências da aplicação de henna no corpo surgiram com as múmias egípcias, nas quais se verificou que o cabelo e as unhas haviam sido tingidos com os tons castanhos-avermelhados da henna. Calcula-se que, depois de se tornar extremamente popular no Egito, a henna tenha sido levada para a India, onde parece ter sido usada pelo menos desde 700 AD, para a decoração de mãos e pés. Aqui conhecida com o nome de Mehndi, a henna é até hoje usada nas cerimónias de casamento (embora seja usada também em outros eventos festivos), estando associada à ideia de transcendência e transformação – a pele das noivas é pintada pelas amigas e familiares, num ritual que dura várias horas e em que aproveitam para conversar e falar sobre a lua-de-mel e a vida do futuro casal.

Os desenhos utilizados nas tatuagens com henna vão desde motivos florais até desenhos geométricos, inspirados nos desenhos e tecidos árabes. Os símbolos hindus são também muito comuns. No estilo indiano e paquistanês, os desenhos são feitos para criar a ilusão de luvas e meias e desenhos cashmere; no estilo indonésio e do sudoeste asiático surge uma mistura de desenhos do oriente médio. Outra tendência que veio a evidenciar-se, tem como tema os nós e laços de origem celta.

A opção de fazer uma tatuagem com henna, sinónimo de arte na pele, é ideal para quem quer descobrir se, de facto, é capaz de conviver com uma possível tatuagem definitiva… E a grande vantagem é que este tipo de tatuagem é realizado sem infligir qualquer dor.

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